No passado está luta foi utilizada como parte de rituais em períodos de colheitas em aldeias no interior do País onde membros de castas diferentes se enfrentavam, geralmente a casta de açougueiros contra lavradores, mas com o decorrer do tempo e o grande numero de guerras entre clãs e mesmo disputas políticas que geraram várias guerras civis, a Dambe passou a ser praticada como treinamento base para os guerreiros em combate.
Nos combates, que são divididos em três ronds, não há luvas para proteger dos contatos, apenas um dos braços que é chamado de “lança” e é envolvido por uma corda.
A mão livre é chamada de “escudo”, que deve ser usada para bloquear as investidas do oponente, e também tem o objetivo de derrubar o adversário.
Dentro da arena, os oponentes andam em círculos, encarando e estudando o adversário.
Ao redor da arena o público vibra ao som de tambores, que ditam o ritmo dos movimentos.
É assim que tem início uma luta de Dambe, que é uma forma tradicional de boxe praticada em países do continente africano.
As regras muitas das vezes são mudadas de acordo com a região e podem ser usados chutes.
Dentro de círculos ou anéis eles fazem de suas disputas verdadeiras festas regionais, sempre com grande participação do público local.
Tradicional ou moderna, música percussiva e cantos precedem os ataques. A música e cânticos estão associados a ambos os grupos e indivíduos, e servem para chamar pugilistas para o anel, insultar os adversários, e incentivar a participação do público. O principal golpe e objetivo é o soco limpo que possa derrubar o oponente.
Revista Lutas – A Revista de Artes Marciais do Brasil