Ao contrario do que muitos pensam o MMA, (Mix martial Arts), não nasceu nos Estados Unidos. Na verdade a sigla que abreviada em inglês e traduzida para o português que significa Artes Marciais Mistas, começou a se popularizar quando os brasileiros Rorion Gracie e seu irmão Royce Gracie, depois de cansados de ser desafiados em garagens que geralmente eram usadas como academias improvisadas, se juntaram a alunos que tinham melhores condições financeiras e organizaram desafios filmados para provar a superioridade do Jiu-jitsu brasileiro, hoje conhecido mundialmente, contra outras lutas. Assim nascia o Ultimate Fighter Championship.
Outro irmão, Rickson Gracie, derrotava todos os adversários ao lutar sob regras parecidas dentro de ringues no Japão. Não havia muita novidade na prática, tendo em vista que homens de todos os continentes sempre se desafiaram em todos os estilos de combates, na eterna busca de provar a superioridade física e técnica.
Os próprios pai e tios dos irmãos Gracie já desafiavam outros estilos de lutas no começo do século XX no Brasil.. Os combates eram chamados popularmente de Vale-tudo, que como o próprio nome já diz. impunha pouquíssimas restrições a as regras eram ainda pouco sistematizadas, o que importava era a vitória.
A indústria cinematográfica popularizou, nas décadas de 60 e 70, os filmes de Artes Marciais, tendo como seu maior astro o conhecidissimo Bruce Lee, ator e lutador que também colaborava nos roteiros e direção de alguns de seus filmes.
Aproveitando a rejeição do estereótipo nipônico de povo mau e dominador durante a II Guerra mundial, e paradoxalmente, apesar de ter suas artes de luta nativa judô e karate bastante propagada na America, as derrotas das artes japonesas em combates contra as chinesas eram bem aceitas pelo público fnático pelos filmes do gênero.
O cinema chinês que já explorava a antipatia pelos seus antigos inimigos e dominadores agora tinha um grande aliado, Bruce Lee, que passou a promover filmes exibindo combates de Kung Fu (Chines) vencendo o Karate ou Judô. E isso fazia crescer a curiosidade sobre qual arte venceria em uma luta no mundo real.
Com a evolução dos desafios e suas regras, lutadores buscaram se aprimorar em mais de uma arte marcial, dando inicio a uma nova geração de atletas de lutas, que agora já não mas defendEM sua arte de origem ou seu rei e sim lutariam por uma fatia financeira do milionário e recém criado mundo do MMA.
Por fim, aproveitando essa biológica habilidade humana de lutar que tornou possível ao Homo-Sapeins” prevalecer sobre os mais fortes e robustos Neandertais, acompanhada do desejo das massas que de alguma maneira ansiavam estar próxima aos combates nas “arenas” de Roma, e alguns séculos depois, dentro nos cinemas assistindo às milionárias produções Hollywoodianas, o MMA hoje ocupa uma lacuna, um espaço que na verdadesempre existiu, alimentando o sonho de lutadores e expectadores.
O Gladiador continua vivo, vendendo saúde, resistência, fitness, shows e todas as fantasias inconscientemente produzidas pelo instinto que sempre existira dentro de cada ser humano.
