Bokh a luta dos guerreiros de Genghis Khan.

Alguns lutadores perguntam se é possivel aplicar técnicas séculares usadas por gherreiros do passado em combates de Mixed Martial Arts do século XXI. A resposta é quase obvia. Sim, é possivel. A maior parte das técnicas do presente nada mais são do que aperfeiçoamento do que sempre existiu.

Desde sempre o ser humano teve que lutar em busca da própria sobrevivência. Por isso as artes marciais em sua esmagadora maioria foram desenvolvidas por membros de algum exército.

A Revista Lutas apresenta mais uma técnica milenar que jamais pode ser esqieecida. Bock, a luta da Mongólia.

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O Bokh é a luta nativa da Mongolia. Ainda praticada pricipalmente durante o Naadam, festival que consiste em três modalidades diferentes entre elas a luta (Bokh). A modalidade já era uma importante atividade física no século 13. O lendário guerreiro Genghis Khan exigia que suas tropas praticassem o Bokh para apurar sua estretágia e manter a forma física.

BokhDurante o Naadam novos talentos buscam reconhecimento e se apresentam entre os 512 atletas selecionados para as nove rodadas do festival. Através de combates eliminatórios a quantidade de lutadores vai sendo dividida pela metade entre os que vencem e os eliminados. O público extremamente fanático não se interessa pelas primeiras rodadas, a empolgação cresce a partir da quinta rodada, quando somente restam 16 adversários, e estes recebem a honra de ser agraciados com nomes de animais da região, por exemplo, “Nachin,” espécie de falcão e “Zaan”, Elefante.


O lutador veste um short apertado, azul ou vermelho e um colete com peito aberto. Diz a tradição que quando o colete era fechado uma mulher teria vencido todos os oponentes masculinos em um festival, o que criou um grande mal-estar na região. Por isso, respeitando a tradição, os lutadores de Bock, que é um esporte praticado exclusivamente por homens, têm que entrar de peito aberto para provar que não ha uma mulher competindo.

A regra é simples, pode variar em poucos detalhes dependendo da região onde se dá o embate, mas via de regra o lutador que tocar com o cotovelo, joulho, costas ou cabeça no solo será o derrotado, notem que vale se apoiar com as mãos. Esse esporte está profundamente encravado na cultura do país e os lutadores são reconhecidos por toda a sociedade local. Na Mongólia são tão importantes como jogadores de futebol no Brasil.

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